Paris, ahhhh Paris!!

10 de fevereiro de 2012



Chegando em Paris, descobri que não tinha lugar para aquela noite, seguiria então para um hostel, mas antes disso, teria que pegar um ônibus que saiu por 20€, um roubo. O Vôo que paguei 8€, no final, acabou ficando bem mais caro considerando todas as despesas, mas tudo bem, saiu barato mesmo assim. Chegando na fila do ônibus, perguntei para a primeira pessoa que vi se era aquele ônibus mesmo, conheci assim a Àurea, uma menina de Barcelona com quem fui conversando até chegar em Paris, acabei pegando com ela a dica de hostel também.

Tínhamos planos parecidos para o dia seguinte, assim, acabamos nos juntando naquele dia. Começamos com uma caminhada até o Louvre.


O local onde Maria, mãe de Jesus está enterrada (segundo o Código Da Vinci)


Eu não sou um grande conhecedor de arte e, depois de conversar com um amigo estudante de design, convenci-me que visitar a museus de arte é um grande desperdício de oportunidade. Existem pessoas, como ele, que tirariam um proveito mito maior de visitas como aquela.


Para mim, o Louvre pareceu um apanhado de injustiças artísticas. Me pareceu que muitas obras recebem uma atenção exagerada enquanto outras muito mais fodas seguem esquecidas. Exemplo é a Vênus de Milo: Depois de ver estátuas muito mais impressionantes, ver aquela, incompleta e cheia de turistas em volta, levanta dúvidas de porque aquela e não outra melhor.







Outro exemplo é a Monalisa. Depois de ver de perto obras grandiosas de Caravaggio, ver de longe aquele quadrinho minúsculo de uma mulher feia com um sorriso amarelado e ver a multidão que se aperta para “apreciá-la”, isso tudo fez me questionar o que se passa. Na verdade, o mais me chamou atenção na Monalisa foi o aviso ao lado para tomar cuidado com batedores de carteira.

Cuidado, é a Monalisa (e dizem que é uma cópia falsa)

Olha o ladrão!

Mas aprendi uma coisa, as obras italianas são muito mais exageradas e engraçadas. Ficamos andando, eu e a Àurea, pelos corredores de obras italianas fazendo “legendas” para as cenas nas pinturas, isso nos rendeu horas de riso. Fato é que só dá para fazer isso com obras italianas, nos outros setores é muito mais difícil.

Àurea rindo de alguma piada com alguma pintura italiana

Opa, esse é Caravaggio, é muito foda pra rir.

Outro detalhe que não deixei de notar no Louvre é a arquitetura do local, na verdade lá era lar de reis muito antes de ser um museu.



Outra parte que vale a visita é a destinada a obras do Egito antigo, ironicamente, possui obras muito mais legais e é muito melhor organizado que o próprio museu do Cairo que é focado unicamente nisso.




Depois disso, demos uma caminhada no Rio Sena, local que concentra algumas das paisagens mais notáveis de Paris. Ao longe se podia ver a Torre Eiffel que, com sua iluminação, faz jus ao apelido da cidade luz.
Para fechar o dia, resolvemos encarar a fila e os altos preços para subir ao topo da Torre Eiffel e de lá ter uma visão inacreditável da cidade. O único detalhe desagradável foi o vento fortíssimo e gelado que fazia-nos prestar menos atenção no que interessava, ou seja, na paisagem.







De lá saí correndo para encontrar a Zelda, que havia aceitado minha solicitação do CouchSurfing. Ela era baterista em várias bandas, todas com um toque hard core. Ficamos naquela noite conversando sobre vários assuntos, principalmente sobre nossas viagens e sobre música. Ela era professora de Inglês e dava a maioria de suas aulas via Skype, aproveitei a chance para tirar algumas dúvidas.

Boneco inflável da Zelda!

Mais tarde naquele dia encontrei a Elise, nos correspondemos desde que nos conhecemos na Macedônia junto com o Fred, ela prometera que, se eu fosse a Paris, ela seria a minha guia. Finalmente havia chego o tão aguardado momento de pagar por esta promessa.

Primeiro fomos à catedral de Notre Dame, já na entrada, como o mundo é pequeno, encontramos a Àurea, a menina do dia anterior, na entrada da catedral, uma agradável coincidência. Dentro da Catedral, chama a atenção os maravilhosos vitrais.




A pedra gasta por séculos de visitantes!

As gárgulas!

Bem, resumindo, o dia coma a Elise foi fantástico. Conhecer a cidade ao lado de alguém que nasceu e cresceu por lá trás uma perspectiva impossível de se ter com guias ou com outros turistas. Tive uma experiência semelhante em Roma, porém por lá tive muito mais tempo para conhecer a cidade e quisera eu poder ter o mesmo tempo em Paris.








Finalizamos a noite de um modo bastante francês, comendo queijo e bebendo vinho.

No dia seguinte, fui a uma feira de natal e provei o Tartiflette, uma deliciosa mistura de queijo, batatas e carne, um prato maravilhoso que eu nunca vou esquecer. Mais tarde encontrei a Aurea novamente para uma grande caminhada que começou perto da Bastille, seguimos até o Arco do Triunfo, passando pela Champs Élysées, uma rua forrada de turistas e que no final, já próximo ao arco, havia alguma manifestação com muitos policiais.



Caminhamos um pouco mais para encontrar a Zelda, qua faria um show naquela noite. Chegamos lá, e era um bar minúsculo e apertado, mas valeu pela agradabilíssima companhia da Zelda, que é aquele tipo de pessoa que pode-se passar dias com.

Mais tarde, voltei a encontrar a Elise em um final de festa com seus colegas de trabalho, infelizmente eu havia perdido a maioria da festa, mas foi o suficiente para dar algumas boas risadas.

No dia seguinte, segui viagem para a Bélgica, terra natal de um dos meus melhores amigos!!

2 comentários:

Aline Proença disse...

Bruno! Tava com saudade de vc já!! Não consegui parar para ler o blog por um tempo... Mas agora consegui colocar a leitura em dia! Pelo que entendi esse post é do período do Natal, correto? Você já chegou na Transiberiana? E o orçamento, os gastos estão de acordo com o esperado?
Abraços!

Bruno Teixeira disse...

Oi Aline, ainda não, fiz uma pequena pausa na Noruega, mas sigo para a transiberiana em breve.

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