Essen: Um Natal em Família

15 de fevereiro de 2012



Estava na Itália quando recebi o convite do Fred para passar o natal com sua família. Não tinha como dizer não, eu só precisava pensar como encaixar a Alemanha no período de Natal dentro do grande plano.

Conheci o Fred em Saraievo e, com ele, viajei por toda a região dos Balcãs até Istambul uma viagem de quinze dias, na qual ganhei um grande amigo que estou certo levarei para toda a vida (os posts sobre esta parte da viagem podem ser lidos aqui).

Fred em Tirana, capital da Albânia

 Parti de Bruxelas com direção a Colônia na Alemanha, lá era o lugar onde o Fred fez a faculdade e era onde morava a maioria dos seus amigos os quais tive o grande prazer de conhecer. Inicialmente haveria um jantar na casa da Sara, uma garota super legal e parceira, que também cederia o lugar também onde ficaríamos hospedados.


O estado da cozinha depois da festa

O Fred se esforçava como anfitrião para que eu conhecesse o melhor de sua cidade. Infelizmente o tempo chuvoso não ajudou, mas não impediu que fôssemos ao museu da cidade, como eu já disse algumas vezes, museus não são meus lugares favoritos, mas sempre há alguma boa surpresa, neste caso fiquei impressionado com o realismo deste trabalho.


Mais tarde conheci a Inês, namorada do Fred, portuguesa e da qual ouvira falar muito. Ela, muito ativa, faladora e impulsiva, parecia o oposto do Fred, um cara calmo e quieto, mas vendo-os juntos, pareciam ter sido feitos um para o outro.

Seguimos no dia seguinte para Essen, logo após termos visto uma peça de teatro em que o Simon, grande amigo do Fred e muito gente fina, era um dos atores. Fiquei impressionado pois mesmo sem entender uma palavra do que era dito (em alemão) pude entender o sentido da peça quase que completamente.


Em Essen, fui muito bem recebido por sua mãe, que pelo que percebi já havia ouvido falar bastante de mim, e pelo padrasto do Fred, também farmacêutico e uma figuraça. Saímos logo em seguida para uma partida de futebol do campeonato alemão. O Jogo era entre o Mönchengladbach, time do Fred, contra o Schalke. Foi a primeira vez que fui a um estádio para uma partida de futebol, ficamos próximos à torcida do outro time, o que nos garantiu vários banhos de cerveja. No final, o time do Fred acabou ganhando a partida por 3x1.


Bratwurst com Cerveja, nada mais tradicional (apesar da maionese no sanduíche que eles acharam nojento)

A torcida adversária

Os dias em Essen foram bastante mais calmos do que os dias em Colônia. Chegamos a ir em algumas festas sendo que uma delas, acompanhado do Peter, filho da Madrasta do Fred e grande parceiro, foi inesquecível, ainda que eu só lembre de flashes.

Yeahhh!

Eu, Peter, Fred e alguém que não sei!

Não me perguntem, não lembro dessa parte.



Depois de alguns dias chegou a irmã do Fred com seu filho e marido, o Rui também português, um cara muito gente boa, com quem matei a saudade de falar a minha língua. Ainda mais divertido pelo fato de ele falar em português com o filho ainda bebê o Paulinho, assim, pude me sentir um pouco menos deslocado linguisticamente (não que isso me incomode a essa altura da minha viagem).


Fred e Paulinho

Quem derrubar os pinguins perde

A noite de natal na Alemanha é bastante parecida com a noite no Brasil com algumas diferenças bastante peculiares. Em primeiro lugar, por ser inverno, utiliza-se muitas velas (um costume bastante comum na europa), além disso, após a ceia, não costuma-se esperar até a meia noite para dar os votos de natal. A mãe e o padrasto do Fred foram muito gentis em lembrar de mim ao presentear-me com alguns itens de higiene e uma lanterna (coisa muito útil), da mãe do Fred ganhei um cupom no qual ao ser comprado, uma vaca leiteira é doada a uma família na África, um tipo de presente com um significado muito especial.

No dia seguinte, acordamos cedo para ira a igreja e mais tarde tivemos um almoço com a família do pai do Fred e de sua madrasta, reencontrei lá o Peter, que estava caindo aos pedaços por estar sem dormir direto da balada.

Comportados na Igreja

Naquela noite saí com o Fred para tomar algo, demorou para encontrarmos algum lugar, mas quando encontramos foi uma excelente opção, com coquetéis para lá de excelentes e com um preço bastante interessante. Na sequência uma balada com banda ao vivo. Como a cerveja era cara e já estávamos bastante “à vontade” por conta dos coquetéis que tomáramos antes, enchíamos as garrafas de cerveja com água da torneira e ficamos gradativamente mais conscientes da festa, ainda assim foi uma noite genial.

No dia seguinte, despedi-me da família e ganhei uma carona do Rui até Dortmund, de onde utilizando o genial Mitfahrgelegenheit (site para divisão de despesas de gasolina) arrumei um carro para ir a Berlim.

Despedimo-nos com a certeza de nos encontrarmos novamente, talvez não tão em breve desta vez.

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