De amigos, cervejas e festas: Bélgica!

14 de fevereiro de 2012



Existem várias opções de destinos na Bélgica, escolhi Gent como a primeira cidade baseado em dois detalhes. Primeiro, que um grande amigo meu no Brasil é belga e viveu grande parte de sua vida em Gent, disse que era certamente um dos principais pontos do país. Em segundo lugar, uma grande amiga, a Silvia, de Roma estava de passagem pela Bélgica e estaria naqueles dias também em Gent, assim, a escolha foi bastante fácil.

Cheguei relativamente tarde e sem saber onde dormiria naquela noite, assim, encontrei um bar com internet, pedi uma cerveja (ritual que se repetiria com frequência naquele país) e verifiquei respostas pelo CouchSurfing. Eu havia recebido um convite da Magalie e fui ao seu encontro naquela noite fria e chuvosa.

Renz Taverne, mal cheguei em Gent e já tinha o que dar risada!

Não senti uma conexão legal com ela, não tínhamos muito em comum e, apesar de termos conversado bastante, percebia que a barreira entre as nossas personalidades só aumentava. Ainda assim ela foi super gentil em preparar um sanduíche de falafel enquanto eu preparava alguma bebida com Kiwi para ela.

No dia seguinte, saí cedo para encontrar a Sílvia. Decidimos por uma day trip para Brugges, uma cidade que fica a uns 30 minutos de Gent. Foi ótimo reencontrar a Silvia e explorar a cidade em sua companhia, tínhamos muito que colocar em dia em nossas conversas.





Mais tarde, voltamos para Gent e tentamos um restaurante de sopas antes de ir tomar algumas cervejas. As opções na Bélgica são várias, deliciosas e não muito caras. Bebi, por exemplo, a Delirium, uma cerveja bastante especial que lá custa algo como R$ 7 e no Brasil a garrafa pode facilmente chegar às centenas.


Seu voo saia para Berlim no dia seguinte, o que permitiu algum passeio pela cidade antes de ela ir. Naquele dia me hospedei com o Nuno, um português que trabalha em Gent e que de cara já percebi ser um cara muito legal.

Antes de chegar à Bélgica, pedi ao Renz (meu amigo belga no Brasil) para que avisasse alguns de seus amigos e com isso talvez ter alguém para fazer algo. Encontrei, desta forma, a Annelies, uma amiga de longa data do Renz. Com ela, saboreei algumas outras excelentes cervejas ouvindo muitas histórias do Renz, a orelha dele deve ter ficado vermelha de tanto que falamos dele. Mas fora falar do Renz, trocamos várias experiências de viagem; na verdade eu já conhecera a Annelies em uma viajem que ela fizera ao Brasil, a Annelies foi a primeira mochileira que conheci, e aprendi um bocado com ela naquela tarde em São Paulo.


Frittes, nada mais tradicional!

Mais tarde, conheci sua família, que possui uma confeitaria em uma vila perto de Brugges. Fui também, mais tarde, à uma fazenda de leite buscar alguns litros para serem usados nas receitas daquela noite, foi um dia muito especial.

Voltei para Gent e, mais tarde, fui com o Nuno tomar algumas bebidas, iniciamos em uma casa de licores que tinha uma bebida feita de laranja deliciosa (um pouco cara também), em seguida no mesmo bar que eu tinha ido no dia anterior com a Silvia, é um bar com uma atmosfera muito agradável e uma carta de cervejas bastante respeitável, assim, pude completar a minha coleção de diferentes cervejas.

Mais tarde, fomos a uma balada que prometia muito pouco mas na qual acabou sendo muito divertida, especialmente pela companhia de outro português amigo do Nuno. Já na entrada “tropeçou” em mim uma mulher mexicana já na casa dos 40 anos e que não era lá muito bem dotada em suas beleza física. Não ajudava ainda o fato de ela estar completamente bêbada e de estar muito assanhada para cima de mim. Fiquei escapando dela e, por conta disso, ela me perseguiu por muitas horas na festa, dei muita risada desta situação com os meus amigos.

No dia seguinte me despedi do Nuno e segui viagem para Bruxelas, capital da Bélgica. Lá recebi o convite de um americano que falava português, porém, por alguma falha de comunicação, não tive mais retorno dele. Felizmente recebi a resposta da Virgínia e fui encontra-la no metrô próximo de sua casa.

A Virginia era alemã de origem turca e trabalhava em Bruxelas fazendo serviço voluntário em um restaurante, parte de uma associação de educação infantil, cujo foco era, principalmente, filhos de imigrantes.



Acompanhei-a na manhã seguinte a esta associação e trabalhamos pela manhã neste restaurante. O trabalho resumiu-se e a cortar legumes, escrever no quadro (em francês) o cardápio do dia e a servir aos clientes. Mais tarde seguimos à escola onde contava às crianças sobre as minhas viagens e respondia a suas perguntas. Tentei segurar o riso ao conhecer um garoto chamado Bilal.

Nevou naquela noite e foi a primeira vez que vi neve nevar, já havia visto alguma derretendo nas montanhas da Suécia durante o verão e, também, alguma nos alpes, mas caindo e deixando a paisagem toda branca, foi a primeira vez. Após algumas horas, já estava tudo branco.



Na noite seguinte, fomos à uma balada, indicação de um amigo da Virgínia. Não foi a minha preferida, estava muito lotado e quando saíamos para tomar um ar sem cigarro, estava gelado demais. Ainda assim, foi possível divertir-se um pouco.



No dia seguinte as garotas resolveram levar-me para um passeio em Bruxelas, não fomos a muitos lugares, apenas estacionamos em um bar para algumas cervejas e em algum kebab para uns lanches.




Na manha seguinte, continuamos com o passeio pela cidade, fomos ao Atomium, uma estrutura gigante que lembra a estrutura atômica de um cristal de ferro. O lugar é muito bonito. Encontramos uma amiga da Astrid, e quando ela chegou, descobri que todas elas eram lésbicas, e o mais engraçado é que essa possibilidade sequer tenha passado por minha cabeça nesses três dias que estive com elas. Mais tarde nesse dia, mais neve, muita neve, grandes flocos caiam do céu. O problema é que não estava frio o suficiente, então a neve caia molhada e deixava o chão lamacento. Voltamos ao apartamento com uma divertidíssima guerra de neve.







No dia seguinte, segui para Cologne onde encontraria um grande cara!

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