Rush Travelling (Pt. 1): Hungria e Polônia

6 de fevereiro de 2012


O Parlamento Húngaro

Deixei Viena e segui para a bela capital da Hungria, Budapeste. Tinha 6 dias para voltar a Viena, desta forma decidi fazer uma trip rápida e eficiente. O objetivo: seriam 5 países até o meu vôo para Paris (que, aliás, paguei  8€), Budapeste (Hungria), Cracóvia (Polônia), Praga (República Tcheca), Viena (Áustria) e Bratislava (Eslováquia) de onde saia o vôo em 9 dias.

Na Hungria, fiquei hospedado com a família Bognar.


Um casal muito simpático com os quais tive conversas riquíssimas nas quais aprendi muito sobre mim e sobre os objetivos da minha viagem. Aprendi sobre a vida na Hungria nos tempos de comunismo e, da dificuldade em sair do país naqueles tempos.

Fiz apenas um dia de tour em Budapeste, e como sabia que era uma cidade que merecia muito mais, tive que fazer valer a pena. Budapeste era duas cidades no passado: Buda e Peste, separadas pelo Rio Danúbio (aquele da valsa). O dia estava bastante frio e isso acabou interferindo na qualidade da minha caminhada, que ainda assim foi bastante grande. 

É, tava frio!

O Rio Danúbio

O destaque foi ter parado no mercado municipal para comer um lance nervosíssimo. Devia ter uns 5 quilos de repolho e carne, enorme. Apesar da minha fome, precisei deixar a comida decantar em meu estômago para seguir comendo.

Bomba calórica de repolho


Mais tarde jantar com o casal e seu filho que ouvia atento a algumas das minhas histórias. Dormi pouco, pois saí cedo para o meu próximo objetivo: Cracóvia.


Cheguei na rodoviária e esperei por alguns minutos até a Kasia, do CouchSurfing, vir me buscar. Ela morava em uma casa lotada de outros estudantes poloneses, sem brincadeira, havia pelo menos uma dúzia deles. E isso foi ótimo, pois proporcionou uma bela oportunidade de aprofundamento na cultura e modos locais que, de modo geral, se desenrolava a base de muita cerveja, que na Polônia é bem barata. A única que não bebia era a Kasia, afinal, sua religião não permitia. Após anos de comunismo, a religião perdeu muita importância, mas com o papa João Paulo II, polonês, o catolicismo conquistou muitos novos e fanáticos crentes, esse era o caso da Kasia.

Brincadeira profética: O dono do último sapato na fila casa primeiro.

Já a cidade de Cracóvia tinha um charme todo especial. Há pequenos trechos do que restou de sua antiga muralha, que foi demolida para dar lugar a um parque. De tudo o que mais me chamou a atenção foi o castelo e sua iluminação noturna que fazia-me sentir em uma viagem ao passado.


Na parte de trás havia uma escultura de dragão que cuspia fogo de tempos em tempos.


Outra coisa que não posso deixar de citar são as cicatrizes do holocausto deixadas na cidade, a primeira delas, a Fabrica de Schindler, famosa pelo filme de Spielberg, é o local onde Oskar Schindler empregou milhares de judeus salvando-os da morte em campos de concentração.


A segunda delas é a Praça Zgody, ponto central do Gueto, local onde os judeus foram concentrados. Ali há como símbolo, diversas cadeiras simbolizando os móveis das famílias judias desalojadas .


Despedi-me de Cracóvia e dos meus amigos para a viagem até Praga, na qual eu decidi fazer da forma mais barata possível, o que incluía pegar um ônibus até a cidade da fronteira polonesa, atravessar a fronteira à pé e do outro lado pegar um trem até Praga.

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