De carona no Deserto para um mergulho no Mar Vermelho
20 de outubro de 2011
De Petra, a ideia era seguir até Aqaba e de lá para Eilat, lugar no qual eu eviara algumas solicitações do CouchSurfing na manhã antes de sair.
O plano era seguir de carona até lá, tarefa que se tornou muito simples. É impressionante a diferença que faz quando se pede caronas na estrada estado acompanhado de uma mulher.
A primeira carona que pegamos era de um velhão que ficava todo babão em cima da Mariana. Acontece que ele não queria deixar-nos ir, falando que tinha um amigo que iria levar-nos para lá e que iriamos encontrá-lo na estrada. Sinceramente, achei a história meio sem pé nem cabeça e despachamos o cara na primeira oportunidade que tivemos.
As outras caronas foram bem mais tranquilas, mas o melhor de tudo era a paisagem. Deserto, por todos os lados. Dava aquela sensação de arrepio em imaginar que não conseguiríamos carona e morreríamos na estrada de sede. Claro que isso não tinha a menor possibilidade de acontecer, uma vez que em menos de dez minutos já estávamos com uma nova carona.
A última era de um grupo de pessoas que no final, chegando em Aqaba, queria cobrar pela carona e após explicarmos que não estávamos ali para pagar e que não era justo ele mostrar interesse em pagamento depois que chegamos. Enfim, ele percebeu que ele tava errado e foi embora de bom humor.
Tivemos que pegar um taxi até a fronteira, que após uma negociação divertidíssima, conseguimos um preço justo.
A passagem pela fronteira foi engraçada. A Mariana estava morrendo de medo por estar carregando uma camiseta do Hizbollah, facção Libanesa inimiga de Israel. Mas no final ela passou sem nenhum problemas, já no meu caso...
A fiscal de passaporte, ao ver o visto Sírio (que é enorme incluindo bandeiras da Síria) arrumou problemas e me mandou passar por uma entrevista, que apesar da canseira foi bastante tranquila, perguntando-me se eu tinha amigos no Líbano e Síria e quao profundas eram as minhas amizades... Enfim, ao final de uma hora, recebi o sinal verde para seguir para Israel.
Acabamos ficando hospedados na casa do Shay, um rapaz bastante gente fina mas que devido a presença da Mariana, se tornava um grande cuzão comigo, fazendo o máximo para tentar se sobressair e chamar a atenção dela, como se eu estivesse interessado em competir... Por mim ele venceria por WO no primeiro instante. Ao final, ao ver que eu não tava nem aí, ele sossegou e começou a ser um cara legal.
O destaque de Eilat é, sem dúvida, o Mar Vermelho e seus corais cheios de vida. Em nosso segundo dia, fomos acompanhar a mãe do Shay em seus merguhos diários. Botei um Snorkel e acompanhei o Shay no mergulho mais emocionante que já tive. Os corais e toda aquela vida faziam me sentir como se estivesse no universo de Procurando Nemo.
Com o Shay e sua irmã, pude aprender muito sobre como é a vida de um jovem israelense. Todos eles ao completarem 18 anos, não importando se homem ou mulher, devem prestar 3 anos de serviços militares. Desta forma, TODOS os Israelenses sabem atirar com fuzis e metralhadoras, fazendo assim que Israel seja de longe o país com a maior concentração de soldados treinados.
É também interessante o fato de que após o exército, 99% dos jovens caem na estrada para viajar o mundo por alguns anos antes de enfrentar a universidade. Assim, é muito interessante ouvir deles algumas histórias de viagem.
Ao final, ficamos três dias com o Shay e sua família, a próxima parada seria Jerusalém a Terra Santa.
O caminho pelo deserto:
Postado por
Bruno Teixeira
às
18:35
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