Lisboa das sete colinas

15 de abril de 2011


O trem chegou muito, muito cedo a Lisboa. Eram 5:45, e estava ainda escuro. Em geral, a primeira coisa que viajantes devem fazer ao chegar em uma nova cidade é arranjar um mapa, e foi exatamente isso o que fiz. Infelizmente, porém, a central de informações turísticas não estava aberta e nem estaria em tempo hábil.
Felizmente, foi bastante fácil conseguir um Spot de internet wi-fi. E com ele, consegui me localizar o suficiente para encontrar o hostel que, surpreendentemente, eu havia feito a reserva antecipada. O metrô de Lisboa é muito bem estruturado e possui uma malha viária bastante abrangente, menos que a de Barcelona, mas muito mais que a de São Paulo.
Aliás, no hostel é bom ficarmos espertos, pois muitas vezes se praticam preços diferentes na internet e no balcão. Por exemplo, neste de Lisboa, haviam anunciados quartos a € 9,50, porém quando liguei o preço era de € 12, ao questionar, o preço foi imediatamente baixado, por isso, vale a pena cobrar os preços da internet.
A chegada ao Hostel foi tranquila, o quarto havia quatro camas e apenas duas ocupadas, duas mulheres que depois eu viria a conhecer melhor, uma estudante de Angola e uma mochileira hard-core da Inglaterra.
Imediatamente ao chegar saí para dar entrada na papelada de cidadania, que ocorreu sem grandes surpresas, o processo deve demorar uns quatro meses e a certidão de nascimento será recebida em meu endereço do Brasil.
Praça de touros de Lisboa. Não sabia, mas aqui também tem touradas.

Hostels têm duas grandes vantagens, a primeira, é claro, o preço. A segunda é o fato de que possibilita fazermos novas amizades. Neste Hostel, conheci a Charlotte, uma garota de Brighton na Inglaterra que é completamete doida. Primeiro os motivos da vinda dela, uma Rave de três dias que aconteceria no subterrâneo de alguma cidade próxima a Lisboa. Em segundo lugar pq ela viaja no esquema mendigo, ou seja um budget que mal a possibilita comer. Porém, viajando neste esquema, ela já foi a dezenas de países em diversos continentes, desde a Índia até Cuba, o que lhe garante umas excelentes histórias pra contar. Ah, faltou mencionar que ela é também artista de rua.
Para o meu primeiro dia de tour em Lisboa, decidi comprar o bilhete de transporte diário, ou seja, vale por 24 horas para todos os metrôs, ônibus e bondes de lisboa. Sim, é isso mesmo, em lisboa há bondes e eles são muito úteis, pois cabem em ruas que ônibus teriam dificuldades em seguir. Por outro lado tem algumas desvantagens, olha só essa que presenciei:
Motorista vacilão deixa carro em cima da linha do bonde
Com o bilhete diário em mãos, saí para conhecer a cidade, em primeiro lugar fui à Cidade Baixa, próximo ao Rio Tejo. Logo que chego, apareceu um velho muito comédia me oferecendo haxixe, isso nas ruas, dá pra acreditar? Ouvi falar de um cara que comprou e depois descobriu que o haxixe era falso.
Fui até Belém, conhecer a famosa torre que abre esse post e em seguida experimentar o famoso pastelzinho, a fila estava grande, mas valeu a pena, comi dois.

Em seguida fui encontrar o Hilton, um amigo recém chegado em Lisboa, fomos ao Oceanário que estava fechado, uma pena, mas aproveitamos a para tirar algumas fotos. Demos também uma passada no Cassino, não deu muita vontade de jogar, mas foi interessante mesmo assim.
Em seguida fui encontrar um outro amigo, o Thomas, que iria mostrar alguns lugares legais de Lisboa, desta vez fui acompanhado da Charlotte. Muito cuidado ao marcar encontros a noite em Lisboa, o intervalo dos trens é muito maior, e o pior aconteceu, cheguei bem atrasado, e o Thomas já tinha saído. Aproveitamos e fomos ao Bairro Alto, onde existem montes de bares e pessoas na rua.
A Charlotte, já foi chegando em um grupo de africanos que estavam muito loucos, tocando violão em uma praça. Aos poucos foram chegando pessoas de tudo o que é nacionalidade, ao final estávamos todos batendo papo e vendo a noite passar até resolvermos ir embora. Minha câmera, traidora, ficou sem bateria e ficamos sem fotos deste evento.
O grande lance da noite do Bairro Alto é realmente ficar de papo nas ruas, comprar bebidas a preços baixos nos numerosos e competitivos bares que existem por lá e curtir.
Na hora da diversão, não existe nacionalidade, pois nessas horas, somos todos iguais.

O roteiro do dia foi:

3 comentários:

Camila May disse...

A tiazinha do lado está olhando com uma cara: de: esse menino nunca comeu um pastelzinho....

Bruno Teixeira disse...

Como aquele não mesmo... Ela deve comer aquilo todo dia e nem deve ligar mais para a importancia do ritual de se comer um pastelzinho. hahahahaha

Anônimo disse...

Parabéns, Bruno, pela iniciativa e coragem.
Burila no blog e depois escreve um Roadshow pra gente !
Tô curtindo.
Aquele Abraço !
Pedro Lopes

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