Depois de quase três meses, estava eu de volta à Europa. Ainda
restava uma leve preocupação com a minha entrada na área de livres fronteiras, mas a entrada foi bastante tranquila a não tive nenhum problema. Era
um alívio estar de volta à Europa, cidades limpas, organizadas e, o mais
importante, sem vendedores para me tirar a paciência. Só havia um problema,
preços europeus e, ainda assim, a Grécia é um dos países com os melhores
preços.
Desta vez me planejei com antecedência e entrei em contato
pelo CouchSurfing com uma garota que vive em Atenas e que poderia me hospedar.
O apartamento era super pequeno, porém com uma varanda enorme com uma vista
magnífica. A Irina, era uma estudante de fotografia vinda, através do Erasmus
(programa europeu de Bolsas de Estudo), da Bielorrússia.
Com ela fui ao Parthenon e no museu arqueológico da Grécia.
Apesar de todo o apelo histórico, e da importância daqueles lugares, não fiquei
muito empolgado.
Sinto falta daquela excitação por novos lugares que marcou
os meus primeiros meses de viagem. Hoje em dia, mesmo diante de uma das maiores
obras da arquitetura antiga, fiquei mais interessado nas aulas grátis de
composição fotográfica, que a Irina me deu, do que no lugar que estávamos.
A Irina era um tipo meio esquisito. Estávamos andando pelas
ruas, quando vimos alguns restos de pão de gergelim (Típico da Grécia) jogados
no lixo. A Irina parou e comentou que não conseguia ver comida sendo jogada
fora os guardou para dá-los a um desabrigado alguns metros à frente. Eu fiquei
sem saber o que dizer diante de tamanho desrespeito com o desabrigado que
achava que recebia comida de qualidade e não restos de lixo.
Fiquei mais uma noite em seu apartamento e segui viagem na manhã
seguinte. Na despedida a Irina separou algumas frutas e pão (lembrei do dia anterior) joguei quase tudo fora.
Ainda não tinha rumo. Abri, portanto o guia, e acabei decidindo ir para Lamia, a cidade mais próxima das Termópilas, local lendário onde Leônidas e seus trezentos soldados espartanos enfrentaram as tropas persas muito mais numerosas. Recebi uma resposta positiva da Niki do CouchSurfing, e depois de tentar pegar carona por algumas horas, segui viagem de trem.
Ainda não tinha rumo. Abri, portanto o guia, e acabei decidindo ir para Lamia, a cidade mais próxima das Termópilas, local lendário onde Leônidas e seus trezentos soldados espartanos enfrentaram as tropas persas muito mais numerosas. Recebi uma resposta positiva da Niki do CouchSurfing, e depois de tentar pegar carona por algumas horas, segui viagem de trem.
Cheguei em Lamia bastante tarde e quando estava começando a
me preocupar em como entraria em contato com ela, lá estava ela a me esperar ao
lado da estação de trem. Eu era o seu primeiro hóspede pelo site, e ela estava
toda animada mostrando uma hospitalidade que não é nada comum de se ver.
Enquanto seguíamos para a sua casa, ela comentou de um grupo
de viajantes que estava acampando na praça principal da cidade e que queria
conversar com eles. Chegando lá, já fui me apresentando e encontrei um grupo
daqueles viajantes ultra budget. Iriam dormir na praça, pois queriam economizar
em hostel. Estavam bêbados e fedidos, não tomavam banho há mais de três
semanas. Eram 4 britânicos, 2 canadenses e 1 australiano, trabalhavam em uma
ilha grega e agora dirigiam-se à Barcelona via Itália, tendo um trajeto muito
parecido com o meu.
Achei tentadora a ideia de viajar com eles e aprender o
máximo sobre como viajar com pouquíssimo dinheiro. Meu budget ainda tem alguma
folga, mas essa lição seria importante para quando eu chegasse mais longe em
minha viagem e quando dinheiro começasse a ser um problema. Ao final, acabei
combinando de me encontrar com eles no dia seguinte.
Na casa da Niki, ela me preparou uma salada grega deliciosa
e bastante rápida, utilizando pepino, tomate e queijo fetta, que parece queijo
fresco mas tem um sabor muito mais forte. Ficamos trocando experiências de
viagem, vendo fotos e acabamos indo dormir muito tarde. Fiquei preocupado com
ela, afinal, ela teria que trabalhar e eu poderia dormir o quanto quisesse no
ônibus. Nos despedimos na manhã nublada e fria do dia seguinte.
Encontrei a turma em um café e seguimos viagem. A primeira parada foi um supermercado conde compramos alguns vinhos. Pegamos um ônibus para Ioanina no caminho para Iogoumenitsa de onde saem as balsas para a Itália. A merda foi que eu acabei exagerando no vinho e lavei o chão do ônibus com a mistura estomacal resultante de todo o vinho que bebi, não foi legal. O pior veio depois quando o motorista veio cobrar pela limpeza, a conta: 90 €, eu achei caro, mas não estava em condições para negociar, ainda mais em Grego.
Encontrei a turma em um café e seguimos viagem. A primeira parada foi um supermercado conde compramos alguns vinhos. Pegamos um ônibus para Ioanina no caminho para Iogoumenitsa de onde saem as balsas para a Itália. A merda foi que eu acabei exagerando no vinho e lavei o chão do ônibus com a mistura estomacal resultante de todo o vinho que bebi, não foi legal. O pior veio depois quando o motorista veio cobrar pela limpeza, a conta: 90 €, eu achei caro, mas não estava em condições para negociar, ainda mais em Grego.
1 comentários:
Bruno... Tá onde agora? Feliz Ano Novo e dá notícias!!
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