Encontros e reencontros em Lofoten, paraíso gélido da Noruega

3 de agosto de 2011


Foi interessante reencontrar um parceiro de viagem, ainda mais quando esse alguém é a Jae Yeon (Jy), uma viajante que conheci em Madrid com a qual explorei a cidade e região. Mas agora a viagem seria um pouco diferente, estávamos indo para Lofoten, um arquipélago composto por 4 grandes ilhas no norte da Noruega, lugar que havia sido recomendado a mim mais de uma vez. Ainda mais diferente pois neste caso a ideia seria acampar, algo muito diferente da vida de hostel com a qual ela estava acostumada.
Conversando com um pessoal no ônibus definimos o nosso destino, Henningsvar uma pequena vila de pescadores. No caminho de aproximadamente 5 horas, pudemos colocar boa parte do assunto em dia desde que nossos caminhos se separaram.
Chegando na vila, pudemos apreciar aquela bela paisagem de ilhas montanhosas banhadas pelo frio Mar do Norte. Fomos a um restaurante que nos havia sido recomendado, a ideia seria coletar o máximo de informação possível, especialmente porque a Jy queria porque queria pescar.

Faltou um detalhe importante, estava um frio de rachar, com direito a garoa e tudo mais. A ideia da Jy era de ver o sol da meia noite, mais o máximo que dava para ver naquela noite era o céu nublado da meia noite.

Resolvemos sair para procurar lugar para acampar. Na Noruega e Suécia, pode-se acampar em qualquer lugar, e a ideia era justamente essa, qualquer lugar, bastava encontrar uma grama e lá que iríamos montar o acampamento. Havia um lugar que nos falaram que ficava a uma caminhada de uns 1,5 km, e para lá que fomos.
No caminho encontramos um casal super simpático que achou graça pelo fato de a Jy estar carregando uma daquelas malas de rodinha e ao mesmo tempo querendo acampar (o que mostrava o total despreparo dela para esse tipo de aventura).
De noite, um frio de uns 5°C, merece menção especial o meu saco de dormir salvador que deixou a hora de dormir confortável como um dia quente de verão.

No dia seguinte fomos tentar pescar, caminhamos até a vila para comprar todo o material de pesca, além de alguma comida.

Fomos pescar em uma plataforma e para a nossa surpresa o casal do dia anterior veio ao nosso encontro, desta vez nos convidando para almoçar com eles no restaurante ao lado, onde eles estavam nos observando em nossa tentativa frustrada de pesca. Comi um delicioso bacalhau norueguês (que em norueguês é chamado bacalau). Ao final fomos com eles até sua casa onde eles nos deram alguns casacos para enfrentarmos o frio com mais preparo. Me impressionou tamanha generosidade para com desconhecidos.
Tudo pronto para continuar a nossa pesca, fomos até uma ponte onde havia um casal pescando. A pesca, devo dizer, não foi tão bem sucedida. Em menos de dez minutos perdemos todos os anzóis que tínhamos enroscados em pedras. Felizmente havia ao nosso lado um casal que nos doou dois peixes que ainda se mexiam.
Voltando ao acampamento, acendi uma fogueira  assamos os peixes, junto com batatas, um bife, camarões, uma refeição de primeira. Mas ainda estava lá o frio para estragar qualquer possibilidade de jantar.

Apesar de a ideia inicial ser de seguir até Reine ainda em Lofoten, o frio desanimou a Jy a continuar viajando por ali, ela decidiu voltar para Narvik e seguir de trem até Estocolmo. Uma pena pois, conforme previsto pela Lei de Murphy, após a sua partida, o céu se abriu e o sol começou a brilhar forte. Eu continuei com o meu plano inicial e segui para a próxima parada a cidade de Borg, onde fica o museu Viking.
O lugar é uma tentativa de reconstrução de vida dos antigos Vikings que habitavam toda a Escandinávia e tinham em Borg, o que parecia ser um grande centro de poder.



Saindo do museu, fui comer um bife de baleia. Oportunidade única. A carne tem uma textura esquisita e um sabor forte que lembra um pouco carne de cordeiro. E na saída, comecei a conversar com um cara que mudaria meus planos de seguir em Lofoten, seu nome era Tom e a história continua no próximo post.

O roteiro:

1 comentários:

Ju Cusumano disse...

Incrível! O que são esses cavalos? E que casal generoso foi esse? Putz, cada história uma surpresa! Estamos viajando também!

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