Marasmo em Gaziantep

26 de setembro de 2011



Estávamos no meio da cidade e sabíamos que não seria fácil conseguir carona até Gaziantep. Mas ainda assim decidimos tentar. Caminhamos um montão até um ponto que as ruas da cidade convergiam com destino à estrada.
A primeira carona foi com um médico que estava aprendendo por conta própria a falar Espanhol (mais um que só parou por causa da bandeira do Brasil). Ele disse que nos levaria para um lugar que seria mais fácil pegar carona. No caminho descobrimos que ele estava apenas indo naquela direção para nos deixar e depois voltar, e ele dirigiu por mais de 20 minutos, o cara foi MUITO legal.
Ele nos deixou fora da cidade e ali seguiriamos pedindo carona, pegamos duas, a primeira bastante curta e a segunda até Gaziantep, com um cara muito simpático e falador, ainda que não falava uma palavra de inglês. Em vários momentos percebi que ele tava tentando me converter para o Islã.
Após quase duas horas de estrada, chegamos em Gaziantep, uma cidade que viríamos a descobrir ser muito monótona. A primeira coisa que fizemos foi seguir em direção ao hotel, o quarto era uma suíte com frigobar, televisão e duas camas, sendo uma king size. Fiquei com a grande.

O Yuta é um cara bastante difícil de conviver, fala muito pouco, não dá continuidade na conversa e no que depender dele, nenhuma conversa dura mais do que dois minutos. No final das contas, explorar a cidade com ele é quase como explorar a cidade sozinho.
E para ajudar ainda mais, Gaziantep é uma cidade que não oferece muito para turistas, tentamos dar uma volta na cidade sem muito sucesso. O único lugar que prometia algo era a fortificação no centro da cidade, mas dentro dela, há um museu pelo qual não estávamos dispostos a pagar, conclusão, de volta para o hotel dormir.


Foi um tremendo marasmo até chegar a segunda-feira de manhã quando o Yuta foi ao consulado e voltou com a resposta negativa: ele não conseguiu o visto. Bom, eu não tive dúvidas quanto a seguir a viagem sozinho daquela vez.
Não estava disposto a deixar a Síria e o Líbano para trás, pegar voltar até Istambul e pegar um vôo até a Jordânia como ele iria fazer. Decidi seguir para a Síria, sozinho.
Peguei informação e um senhor de muita idade me conduziu a passos lentos até o local onde eu pegaria um micro onibus até Kilis, a cidade mais próxima da fronteira onde eu seguiria para a Síria.

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