El Jadida: sem graça no começo, mais ainda no fim.

3 de junho de 2011

Conheci um português no hotel de Marrakech e ele disse-me: "El Jadida é uma pérola desconhecida dos turistas". Ótimo, tudo o que eu precisava, um tempo de folga na praia sem muita encheção de saco do "caçadores de turistas". Chagando lá, muita chuva. Basta procurar um hostel.
Saí perguntando com um francês recém adquirido: "Le Aubergue de Jeunes", mas a primeira mulher que perguntei acho que não entendeu e me mandou para as muralhas da cidadela. Não sei se foi a pronúncia meia-boca ou o simples fato de não haver Albergues da Juventude naquela cidade, mas me mandar para uma muralha é sacanagem, ainda mais na chuva.
Saí perguntando por aí, mas agora sem francês nem nada... Linguagem de Sinais, não tem falha. Cheguei num excelente hotel rapidinho. Quartos individuais, o que eu não gosto, mas com Wi-fi na cama, pelo menos uma distração naquele dia.
No dia seguinte, muito sol, tinha que rolar uma praia. Porém, chegando lá, ao contrário do que haviam me dito, a praia não tinha nada de mais. A água era marrom, não havia o mínimo de movimento e a água ainda era fria.

Um momento interessante que consegui captar foi a discrepância cultural entre as mulheres abaixo.

A minha estadia na cidade só não foi mais tediosa devido ao incidente que aconteceu naquela noite.
Eu gostaria de experimentar o banho público do Marrocos, havia um logo ao lado do hotel, vamos lá. Chegado lá um aviso na porta, em árabe, complicado, apenas tinha um rosto desenhado de homem e de mulher, imaginei então, dada a disposição dos desenhos, que fosse algo como, homens à direita, mulheres à esquerda. Fui entrando e surpresa: Mulher Pelada. E não era uma daquelas que valia o risco não, era algo como uma avó ou uma tia gorda, ou uma mistura das duas.
Eu não soube se olhava para cima, se olhava para baixo, se pedia desculpas, ou sei lá o que, só sei que saí de lá correndo sem olhar para trás. Fiquei parado na porta de saída, seguro de que a pelada precisaria de uns minutos até vir furiosa procurar o tarado que a viu pelada, até encontrar um rapaz que pudesse me explicar o ocorrido: Homens pela manhã, mulheres pela tarde. Tarde demais, não volto lá nunca mais.

O primeiro dia:


O segundo dia:


De El Jadida segui viagem para Rabat, capital do Marrocos.

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