Depois da noitada do dia anterior neste dia acordei tarde. Tinha reservado a tarde para visitar o Castelo de São Jorge, uma construção que se estende imponente no alto de Lisboa. Mais uma vez comprei o bilhete de 24 horas, já que, se você pretende fazer mais do que 4 viagens em menos de 24 horas, essa é a opção mais econômica.
Desci na estação do Rossio, e fiz meu caminho para o alto pelas ruas estreitas da Mouraria. O bairro tem este nome pois na reconquista cristã do século XII, o Rei Afonso I confinou todos os muçulmanos (chamados de Mouros por lá) nestes bairros.
Apesar de estreitas e por vezes até escuras, as ruas da mouraria são consideradas as mais seguras da cidade.
Fiz uma subida tranquila até as portas do castelo, uma construção bastante mais antiga do que a do Castelo de Montjuïc em Barcelona, o que fica bastante evidente não só na arquitetura, como também no estado de conservação de suas paredes. Detalhe, eu teria pago, salvo engano, € 7 para entrar. Paguei, porém, metade disso, graças à carteirinha de estudante internacional que fiz antes de sair do Brasil, e esta não foi a primeira vez que usei, portanto, se pretende visitar museus e lugares históricos, não saia do brasil sem ela.
O Castelo de São Jorge tem uma vista de tirar o fôlego. Da mesma forma que pode-se vê-lo de boa parte da cidade, boa parte da cidade pode ser vista por ele.
Saindo do Castelo, decidi pegar um ônibus. Percebi, afinal, que o meu tênis não foi feito para caminhadas, mesmo em caminhadas pequenas já sinto o calcanhar doendo, sem cotar as bolhas que já estão aparecendo. Não vai demorar até eu largar mão do meu tênis e partir para algo mais apropriado.
Desci do ônibus ao ver a bela Igreja da Sé, com traços bastante parecidos com a de São Paulo.
Descendo pela rua ao lado, acabei, meio que sem querer, chegando ao bairro da Alfama. Um bairro também milenar, muito conhecido por seus belos restaurantes onde se pode ouvir um bom Fado.
Andei por lá e comi uma pizza fria no restaurante de um português muito simpático que tinha uma bandeira do Brasil pendurada.
Fui vendo as diversas opções de restaurantes que tinham também o Fado no menu. No início resisti, mas pensei: "Gostar de Fado, vir até Lisboa, até a Alfama e não ver uma apresentação por causa de € 25 é sacanagem". Não pensei em nenhum argumento melhor para não ir e fui, foram excelentes € 25 gastos.
Mas viajar com pouca grana é isso: Muitas vezes somos obrigados a evitar um aprofundamento cultural em um país para que possamos conhecer mais países, é a velha discussão entre quantidade e qualidade. Em Portugal, devido às nossas raízes históricas, familiares e pessoais, esse aprofundamento foi inevitável. Mas se ao final eu tiver que tirar algum país do roteiro por conta desse e de outros aprofundamentos, creio que a viagem terá valido igualmente a pena.
Um pouco de Fado para que vocês entendam do que estou falando:
Essa aí é a Amália Rodrigues, o maior nome do Fado de todos os tempos.
Saindo do show, fui reencontrar o Thomas (agora cheguei na hora) e saímos para comer uns pastéis (que aqui são doces) e tomar uns gorós, acompanhados de duas amigas, uma excelente finalização de um dia que já tinha tudo para estar perfeito.
No dia seguinte seria o dia de ir para a Ilha da Madeira, e precisei acordar às 5:30.
O roteiro do dia foi esse:
Clique duplo para as fotos.
O Fado mora em Lisboa
16 de abril de 2011
Postado por
Bruno Teixeira
às
20:53
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2 comentários:
Tah melhorando rs Pelo menos estou vendo gentes nas fotos rs
Grande Teixeira...quer dizer que voce anda por terras lusitanas...
Bem interessante seu blog, estou adicionando aqui ao meu google reader.
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