As vacinações

31 de março de 2011



Uma série de doenças podem ser evitadas ou, no mínimo, atenuadas quando estamos vacinados.

Em uma longa viagem, vamos no expor a agentes infecciosos com os quais não estamos habituados a nos expor aqui no Brasil, alguns deles podem ser fatais ou, pelo menos, prejudicar seriamente o andamento da viagem.

Neste sentido, o Núcleo de Medicina do Viajante surge como uma pérola no serviço público de saúde.
O NMV é um serviço que tem como o objetivo ajudar os viajantes a planejar medidas que visem diminuir os riscos de se contrair doenças.

A minha experiência com esse serviço foi excelente.

Marquei uma consulta pelo telefone (11 3896-1366), e fui até o Hospital Emílio Ribas, que fica no núcleo do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Após um pequeno atraso de 15 minutos do horário marcado, fui atendido pelo Dr. Jessé, que me explicou sobre maneiras de se evitar diversas doenças que são endêmicas nas áreas em que planejava visitar. Além disso, me indicou todas as vacinas disponíveis para evitar algumas destas doenças. Para finalizar, colocou-se à disposição caso eu precisasse de ajuda em qualquer momento da viagem me dando seu e-mail. Foi-se então uma consulta de 40 minutos, totalmente gratuita.

Por fim, para completar o já excelente atendimento, me indicou a sala ao lado no qual eu poderia tomar todas as vacinas disponíveis, gratuitamente.
Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola)
Anti-Rábica (A China tem a segunda maior incidência mundial de raiva em humanos)
Vacina de Poliomelite Oral
Febre Amarela 
Hepatite B

Haviam outras vacinas que me foram indicadas, porém não estão disponíveis no Serviço Público de Saúde. São elas:
Cólera
Hepatite A
Febre Tifóide

Destas últimas, todas são doenças que se contraem pela ingestão alimentos mal preparados e que podem ser fatais. Para estas vacinas, recomendaram-me procurar clínicas particulares de imunização.
De modo geral, recomendo fortemente que todos os viajantes dêem uma passada neste local, ou pelo menos tente procurar um serviço parecido em seu local de residência.

Esse é um exemplo, raro talvez, de um serviço público, totalmente gratuito e de excepcional qualidade.

Preparativos

Viajar é algo que requer planejamento, infelizmente. E planejamento não é o meu forte, sou péssimo pra isso. É um saco ter que me antecipar a problemas imprevisíveis.

Temos que começar pelo básico, pelo menos.


As passagens
Inicialmente planejei a viagem utilizando uma das várias opções de Round the World Tickets, são opções bastante interessantes e baratas (para se ter uma ideia, sairia U$ 3.900 um roteiro parecido com o meu). A escolha entre as diferentes operadoras depende muito do roteiro. A principal desvantagem destes bilhetes, é que eles são limitados a até um ano de viagem. Ou seja, se há a possibilidade de sua viagem demorar mais do que isso, vale a pena considerar outra opção.

No meu caso, percebi que a maior parte do roteiro acontecia por terra, os trechos aéreos eram poucos e, em uma cotação, sairiam mais barato do que os U$ 3.900 que eu pagaria pelo bilhete RTW. E o melhor de tudo fico livre para seguir o roteiro que der na telha, sem precisar me preocupar com a limitação de tempo.

No momento comprei apenas a passagem SP - Barcelona - SP.

Opa pera aí? Para que eu fui comprar uma passagem de ida e volta? Pois é, uma dessas custa muito mais barato do que apenas uma de ida. As empresas aéreas costumam ter essa política sem sentido (alguém aí sabe a lógica?). No final serei obrigado a deixar a passagem de volta morrer.

O restante da viagem vou deixando para comprar durante a viagem, afinal, vai que eu mude de ideia e resolva ir para outro lugar.


Seguro de Viagem
Isso, além de importante, para viagens com destino a Europa, é obrigatório.

Apesar de não ser necessário visto para permanecer até 90 dias na Europa, aqueles que não possuírem um seguro de saúde que cubra pelo menos € 30.000 e que não consigam comprovar meios de se manter por lá pelo período de permanência, correm o risco de ter de voltar ao Brasil na hora.
Os seguros brasileiros são caríssimos. Fiz diversas cotações e todos ficaram entre R$ 1.800 e R$2.000. Um roubo, ainda mais se compararmos com os preços praticados na Inglaterra, onde os valores chegam a £ 200 (o equivalente a uns R$ 500). O porém é que os seguros britânicos somente são aceitos para pessoas que consigam provar que moraram por pelo menos 6 meses na Inglaterra, o que não é o meu caso.

Acabei pesquisando um pouco mais e achei o Insure my Trip que compara diversas seguradoras e nos mostra as opções mais baratas. No final acabei ficando com o plano Atlas da HCC que sairia por U$ 300 dólares para todo um período de um ano. Esperamos que não seja uma roubada.


Hospedagem
Em tempos de internet, é muito, muito fácil encontrar hospedagem que caiba em nosso orçamento. No meu caso, uma viagem longa com um orçamento limitado, optei por utilizar-me das opções mais baratas possíveis.
Uma das opções que vou encarar são os Albergues, conhecidos também como Hostels. São opções bastante em conta, especialmente se você não liga para certos luxos como: privacidade. As opções mais baratas nos Hostels são os grandes dormitórios em que se divide o quarto com as vezes dezenas de outros viajantes. São ótimas opções para conhecer vários viajantes e tornar a aventura muito mais interessante. Para pesquisar, vale a visita ao site da Hi Hostels.

Outra opção ainda mais barata é o Couch Surfing, onde pessoas em todo o mundo (são mais de 2 milhões de usuários) disponibilizam algum aposento (não necessariamente o sofá) para viajantes. O grande objetivo, além de economizar, é proporcionar a troca de idéias e experiências entre o viajante e o host.



Vacinações
Essa parte merece um post exclusivo.