Os chapados da Escandinávia!

20 de fevereiro de 2012



Era ótimo estar de volta à Suécia, era um dos meus países favoritos, mas naquele momento, eu estava tão próximo de outro país e uma cidade lendária que eu não podia perder aquela chance, assim, segui viagem naquele mesmo momento para Copenhagen na Dinamarca.

Existe uma ponte enorme entre os dois países, ligando Malmö na Suécia à Copenhagen na Dinamarca, o plano era seguir de ônibus, mas a ponte estava fechada para o tráfego de veículos devido ao mal tempo, que realmente estava péssimo com muita chuva e ventania. Segui de trem então.

Chegando a Copenhagen, recebi o convite de um cara que parecia bastante alternativo, já havia estado no Brasil e em vários outros pontos do mundo, por esse motivo acabei aceitando o convite dele.

Encontrei o Emil, um cara com várias histórias doidas e com um estilo meio Hippie. Demos uma pequena volta pela cidade, pois ele queria comprar um computador, e encontramos outros dois CouchSurfers alemães que também ficariam hospedados por lá. Com o time completo, fomos de ônibus para a sua casa, entramos pela porta traseira, desta forma não se pagava a passagem que, segundo ele, tinha preços extorsivos. Ele morava em uma casa enorme com outros estudantes, um com uma aparência mais louca que o outro. Naquela noite ficamos em casa relaxando e bebendo algumas cervejas.

No dia seguinte, saí com o Emil para um role na cidade, ele precisava passar na biblioteca, onde eu aproveitaria para atualizar meu blog, que naquela altura estava ainda mais atrasado do que agora.

A biblioteca de Copenhagen merece uma menção, era um lugar fantástico com tudo o que se pode imaginar, desde quadrinhos até, e isso é realmente foda, instrumentos para prática musical.


Mais tarde passamos em Cristiânia, um lugar que eu não imaginava existir, ainda mais em um país civilizado. Pra começar, Cristiânia clama ser um território independente da Dinamarca, não é, mas as autoridades dinamarquesas não ligam contanto que não haja problemas sérios. Mas o que torna Cristiânia um lugar especial é o fato que é um território de livre venda e consumo de drogas. Pode-se ver barracas vendendo nacos de maconha e haxixe como se vende tomates na feira. O Emil e um amigo dele comprou algum e fumou ali mesmo, sentado num banquinho ao lado de outros fumantes. Eu queria tirar uma foto da barraca de maconha, mas o pessoal não deixou, dizem que uma das únicas regras de Cristiânia é não tirar fotos, paciência.

De lá seguimos para um ensaio de uma banda de amigos dele. A música era de um estilo próximo ao reggae e rolava solta a base de muita erva e bebidas. O lugar fazia jus aos moradores, parecia uma pocilga, onde não havia muito a se fazer a não ser beber e fumar, e como eu não estava no clima para nenhum dos dois, fiquei bastante entediado.


Depois de uma grande caminhada, voltamos a casa dele para encontrar quase todos fora, ou dormindo.

No dia seguinte, segui de volta para a Suécia na companhia dos dois alemães, que tinham um bilhete para três pessoas que pagaria minha viagem inteira até Falkenberg, lar dos meus amigos do Festival.
Chegando em Falkenberg, foram me buscar na rodoviária. Foi um reencontro muito feliz, e de lá seguimos para o estúdio onde eles estavam ensaiando algumas horas antes.



Desta vez eu chegara no inverno e pude perceber claramente a diferença nos ânimos daquela galera. Na época do verão, eram raros os dias em que não se fazia nada, sempre havia muito que se fazer e constantemente tínhamos que deixar coisas para trás. Desta vez, no inverno, parecia que eles faziam esforço extra para sair de casa para fazer algo. E diferentemente da Dinamarca, na Suécia, álcool é bastante mais caro, assim, a maior distração destes amigos era ficar batendo papo, ouvindo música e fumando erva. Basicamente esse foi o programa dos dias que fiquei por lá.


A exceção foi com a família do Pete, que através da Klara sua irmã, me hospedaram mais uma vez em sua residência. Em certa manhã, fomos levar os cães para passear na praia, que apesar de terrivelmente fria, ainda conseguia ter traços de beleza. Em outra noite, fui com a Klara conhecer a família do namorado dela, brasileiro. Foi para mim uma noite muito engraçada, ao conversar com todo aquele pessoal em português, traduzindo eventualmente para a Klara o que estava rolando. A mãe do Raniere, casou com um Sueco apaixonado pelo Brasil (e que fala português fluentemente) e se mudou para a Suécia há vários anos, tendo se adaptado totalmente.

A feliz novidade é que a minha cidadania portuguesa tinha finalmente saído, só havia um problema, eu não poderia tirar o passaporte em outro lugar senão Portugal, e lá seria minha próxima parada.

2 comentários:

Kk disse...

Mas que o cara parece o Dave Grohl, parece xD

Bruno Teixeira disse...

Pode deixar que o aviso!

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