Viena, paraíso da música, inferno para caronas!

31 de janeiro de 2012


A Elisabeth deixou-me em algum lugar nas proximidades de Salzburg, a cidade conhecida por ser o lugar de nascimento de Mozart, além de ser a quarta maior cidade da Áustria.

Acontece que o lugar que ela me deixou era muito ruim. Fiquei lá por umas duas horas até conseguir a primeira carona. Era um grupo de homens indo para Salzburg, haviam passado por lá duas vezes, ficaram com pena de mim e resolveram parar na segunda vez para me deixar em um lugar melhor para conseguir caronas.

O lugar era bem de frente a um McDonalds, assim, aproveitei para fazer um lanche, e usar o Wi-Fi deles. Aliás, na Europa, todos os McDonals possuem Wi-Fi gratuito, mais um motivo para estar sempre por lá.
Fiquei alguns minutos em uma saída bastante movimentada para Viena e poucos minutos depois parou uma senhora muito simpática mas que morava a apenas alguns quilômetros de onde estávamos, mas dizia que iria me levar a um lugar melhor ainda, um posto de serviço. Antes disso, demos uma volta no lago que banhava a sua cidade, um lugar muito bonito.


O posto era gigante, ótimo, boas chances de conseguir algo. Fiquei por lá por alguns minutos até parar um francês que estava lá a trabalho e poderia me levar uns 40 quilômetros. O cara era muito legal e desviou-se alguns quilômetros de seu caminho para me deixar em um posto, além de ter me dados várias dicas de como enfrentar o frio.

Demorou para conseguir a próxima carona, demorou muito, muito. Fiquei naquele posto por umas cinco horas a uma temperatura que variava entre 2 e 3 graus. Minha estratégia para enfrentar o frio era ficar do lado de fora até que não aguentasse mais, quando esse momento chegava, ia para o lado de dentro me aquecer, tomar um chá para voltar ao lado de fora e recomeçar o processo.

Quando já estava escuro, um rapaz num carro de luxo ao ver a minha placa para Viena deu um sorriso e mandou-me entrar no carro. Quase esqueci o meu ateísmo pra agradecer a Deus.

O cara era muito legal e fomos conversando por todo o caminho. Ele era ator de cinema e televisão, relativamente famoso, posteriormente mostrei a foto dele para uma garota de Viena e ela disse-me que era muito fã daquele cara. No final ele desviou-se do caminho para deixar-me na porta do lugar que ficaria hospedado.

Não, a carona não foi em um cavalo branco

A casa que eu ficaria era também da Elisabeth, o problema era que ela não estaria presente naquela noite, ou seja, ficaria sozinho no apartamento de uma pessoa que conheci no dia anterior, esse tipo de coisa só é possível graças a essa ferramenta maravilhosa que é o CouchSurfing. Ainda assim, achei uma droga.
Ficar sozinho naquela noite sem ter o que fazer foi bastante difícil, momento perfeito para o velho fantasma da solidão aparecer novamente. Mas esse fantasma já não me assusta mais, aprendi a conviver com ele, ainda assim, a solidão nos coloca em uma situação bastante incômoda. Mas na manhã seguinte me mudaria para outro lugar, cheio de gente.

Deixei o apartamento exatamente do mesmo modo que o encontrei, e segui para encontrar a Liza, uma estudante da Alemanha que vivia na Áustria, muito lindinha e simpática. Ela me emprestou uma bicicleta para rodar a cidade, na qual passei a tarde toda. A coisa que mais me chamou atenção em Viena foi a feira de natal que estava rolando. Fiquei muito empolgado com os aromas do lugar e não me lembro de ter ficado assim desde as ruas de Fez.


Voltando mais tarde naquela noite, fomos para a noite, acabamos chegando atrasado ao encontro de uma amiga dela por minha culpa, já que resolvi tomar banho antes de sair. A noite foi muito divertida, iniciamos por um bar onde havia um grupo muito animado de mulheres fantasiadas. Havia uma de mulher gato que começou a puxar assunto conosco, as meninas ficaram falando que ela estava a fim de mim, mas poucos minutos depois a mulher gato começou a beijar outra mulher fantasiada de Elvis deixando, desta forma, claro de quem ela estava atrás.



Seguimos de lá para um Karaoke party, e tinha muita coisa legal rolando, chegou a nossa vez e as meninas decidiram cantar “Another one bites the Dust” do Queen, mas ninguém sabia a letra e o ritmo, conclusão, um trabalho muito mal feito.

No dia seguinte, em meu passei da cidade, encontrei uma americana que também ficaria hospedada conosco naquela noite. De imediato percebi que não rolou nenhuma química e quase preferia estar sozinho naquela tarde, mas ainda assim deu pra aproveitar um pouco, terminamos a tarde bebendo uma cerveja.


Voltando ao apartamento estava lá o Jay, o terceiro surfer que ficaria hospedado no apertado quarto da Liza .  Era um daqueles tipos super cool que são legais nos primeiros dez minutos, mas que logo se tornam cansativos. Ainda assim, era um cara que tinha muita coisa interessante pra contar. O papo foi regado a várias caipirinhas que fiz, o que me rendeu um convite para a festa  de aniversário do Jay em Paris.

Na manhã seguinte, descobri que ocorreria em 10 dias um show de dois músicos do Angizia, uma banda que sou fissurado desde há muito tempo. Achei um voo bem barato saindo de Bratislava (menos de uma hora de Viena) para Paris dois dias após o show, restava saber o que fazer nesse meio tempo. A resposta veio fácil: Rush Travelling, explico no próximo post.

Bavária, Bavária, Bavária, Baváááááriaaa!

26 de janeiro de 2012



A Bavária, ou Bayern em alemão, não dá nome à cerveja à toa, é lar de algumas das melhores cervejas do mundo. É também a região de um povo caloroso e orgulhoso de suas tradições.

Minha viagem por lá começou em Munich, onde ficaria hospedado no apartamento do Kais, um estudante de engenharia oriundo da Tunísia. Ele começou bastante reservado, falando pouco, mas com o tempo entramos em sintonia e o papo começou a fluir principalmente motivado pela minha curiosidade sobre a Tunísia e pela curiosidade dele com relação aos lugares que visitei. Aprendi, por exemplo, que a Tunísia é um dos países islâmicos mais liberais de todos e foi também um dos primeiros a explodir na primavera árabe.


Saímos cedo no dia seguinte, ele para uma aula, eu para conhecer a cidade. O dia estava bastante nublado e frio.


Munique é uma cidade de organização impecável e extremamente limpa, quase não se vê sujeira nas ruas. Comecei naquela manhã caminhando perdido pela cidade até encontrar o centro de informações turísticas e pegar um mapa (que, por incrível que pareça, estava em português) com os lugares mais importantes da cidade. O primeiro deles era o Rindermarkt um lugar cheio de coisas boas para comer.


Em seguida fui à Hoffbräuhaus, um dos lugares mais tradicionais para se tomar uma cerveja, e eu me empolguei com o canecão de litro e uma sopa de cenoura ouvindo música tradicional alemã.




Mais tarde me juntei a um Free Walking tour. O tour foi sensacional, abordando partes da história que teriam passado desapercebido. Foi em Munique que Hitler iniciou sua marcha para o poder. Andamos pela rua na qual Hitler marchou com seus simpatizantes e, após escapar de ser metralhado, foi preso. Naquelas ruas a história do mundo foi definida.



Mais tarde, estacionei em um bar onde provei uma das melhores cervejas que já bebi: Weiss Starkbier (cerveja forte de trigo), canecão de um litro, claro.


Jantei naquela noite com o Kais no bandeijão da universidade, que apesar de ser dez vezes melhor que o da USP, não possui o mesmo charme.

No dia seguinte segui viagem. Escolhi o ponto com melhores chances de conseguir uma carona para Altötting. Após alguns minutos, parou uma russa que falava quase nada de inglês, fomos nos comunicando com linguagem de sinais e substantivos. Percebi que ela fazia um caminho diferente do meu e sem entender tentava questioná-la e ela dizia “OK, OK”. De repente ela para em algum posto de gasolina ao norte de Munich (eu estava no leste), me deu 50 € e mandou disse para eu continuar dali. Eu não entendi absolutamente nada, mas o episódio me rendeu inúmeros minutos de risadas. Peguei o trem e voltei para o mesmo ponto que ela me pegou, e desta vez, após duas caronas, cheguei ao meu destino.

Altötting era uma cidade muito pequena e bonitinha. Tinha uma catedral enorme ao lado de uma igrejinha. O interessante desta igrejinha era a parede externa forrada de quadros e gravuras de pessoas agradecendo por graças alcançadas, um dos que mais me chamou a atenção era um datado de 1946 e desenhos de um campo de batalha.




Tinha que esperar por algumas horas até o Marcus, do couchsurfing poder vir me buscar. Isso não seria um problema se não fosse o frio de rachar. Tomei vários chás e cafés em busca de lugares aquecidos.
Quando o Marcus chegou, percebi de imediato que ele era uma daqueles caras ultra-gentis e atenciosos, tendo o cuidado de me mostrar alguns dos pontos mais importantes daquela cidade. Em seguida, me levou até a cidade de Burghausen que possuía um castelo bastante comprido; havia uma névoa persistente no ar e junto com as luzes, formavam um cenário fantástico.





Ele voltou para o carro enquanto eu desci até o rio Inn, alguns metros montanha abaixo. Atravessei a ponte e pus, pela primeira vez, os pés na Áustria. O Marcus veio me buscar do outro lado e fomos até a sua casa.

Conversamos algumas horas até que a Elisabeth, sua esposa, chegou. Ela era violonista profissional e dava aulas de violão, ajudou o Marcus no jantar que, aliás, estava uma delícia. E claro, regado a cerveja Bávara.
No dia seguinte eu seguiria para o apartamento que eles tinham em Viena. O plano era seguir até Salzburgo de carro com a Elisabeth e de lá, seguir de carona até Viena. Uma aventura gélida que fica para o próximo post.


O outono dourado da Suíça!

25 de janeiro de 2012



De repente me vi mais uma vez em uma estrada, bandeira do Brasil, placa para Edolo, dedão apontado para cima e é só aguardar.

Carona é muito como CouchSurfing. É esperar por pessoas dispostas a ajudar um estranho sem esperar nada em troca. Infelizmente a maioria das pessoas ainda teme o caroneiro, acham-nos perigosos e os filmes relacionados ao tema também não ajudam. Ainda assim, felizmente, muita gente topa dar essa ajuda e, pela minha experiência, vale muito a pena. Não só pela economia, mas também por dar-nos a chance de conhecer pessoas que poderiam mudar a nossa viagem para melhor (comigo isso aconteceu na Albania e na Noruega).

Foram três caronas até chegar à fronteira com a Suíça, o último fez um desvio de uma meia hora para me deixar mais perto de lá (gente finíssima). Na fronteira fizeram um controle rigoroso de entrada, primeiro pedindo documentos, e em seguida fazendo uma revista detalhada na minha bagagem, mas como eu não esperava ter problemas, levei numa boa; o guarda ainda me deu várias dicas.


Foram mais duas caronas até chegar a St. Moritz. O mais interessante foi o fato de que ambos eram portugueses e que só devem ter parado por causa da bandeira do Brasil. Na segunda carona, passamos alto nas montanhas e havia neve para todo lado, uma visão muito bonita, mas muito escura para fotos de dentro do carro.


Uma pequena caminhada até chegar no hostel (visto que não arrumei nenhum couch naquela cidade) e facada... 38 euros pela noite; mas poderia ser pior, se eu estivesse chegando um mês depois (na temporada de esqui), a facada seria de nada menos que 70 euros, por um hostel. Na manhã seguinte, o café da manhã era tão bom que até fazia parecer que os 38 euros pagos pelo hostel não eram tão caros assim. Fora a adorável companhia de um casal queniano super simpáticos.

Segui pedindo caronas, o primeiro carro que parou foi o da polícia. Pediram meu passaporte, fizeram um monte de perguntas e foram embora. Depois parou um carro com dois jovens e me deixaram próximo à única saída para Zurique que, aliás era uma paisagem lindíssima. 



Por fim um canadense de origem suíça me deu uma longa carona até quase a borda de Zurique onde peguei mais uma carona para o centro da cidade. Fiquei com a impressão que a Suíça é um país facílimo de caronear.


Pelo CouchSurfing encontrei a Andrea e o Pius, um adorável casal de aventureiros com algumas viagens fabulosas no currículo. O Pius, por exemplo, foi de bike do Alasca até a Argentina. Fora a simpatia, eles tinham uma estrutura para receber hóspedes de fazer inveja a muitos hotéis. Internet, uma cama confortabilíssima, uma bicicleta para andar na cidade, um projetor que fazia a sala parecer um cinema e o mais impressionante: o couchphone, um celular que os hóspedes poderiam usar para se comunicar com eles. Quando eu começar a hospedar, quero ser que nem eles.

No total fiquei com eles por 4 dias. No primeiro, dei uma volta na cidade que era lindíssima. Fiquei encantado com a paisagem de outono que via de uma forma tão marcante por ali. As árvores pintadas de dourado, a grama coberta de folhas secas e aquele vento frio que nos lembrava insistentemente que eu estava longe do Brasil.




No outro dia, um sábado, marquei de encontrar a Nadja, aquela adorável garota que conheci com o Fred em Montenegro. Mantivemos contato desde que nos despedimos em Tivat e finalmente nos encontramos novamente para colocar o assunto em dia. Encontramos mais tarde a Giulia, que também esteve conosco naqueles dias tão especiais. Cheguei tarde em casa onde o Pius me aguardava para ver uma animação engraçadíssima: Team America.


No dia seguinte fui dar mais uma volta na cidade. Desta vez, incluí um passeio de balsa no Lago Zurich e também uma caminhada no parque chinês, outro lugar com um cenário de outono belíssimo.




O dia seguinte era dia de seguir viagem. O Pius me apresentou um site genial, o Mitfahrgelegenheit. Nele pessoas que vão fazer alguma viagem disponibilizam no site lugares vazios no carro com o objetivo de dividir as despesas de gasolina. Com isso, a viagem para Munich, que sairia por 100 € por transporte normal, custou-me apenas 12 €.

Só houve uma confusão imbecil, a carona era para as 8pm mas eu li 8am, com isso, acordei cedo, e fiquei esperando no frio até ligar para o cara e perceber o erro. Tentei então seguir de carona, mas a facilidade que tive em St. Moritz não se repetiria em Zurich, fiquei por umas duas horas e desisti quando não sentia mais meus dedos. Acabei voltando para o apartamento da Andrea e do Pius e fiquei por lá até a noite quando segui de carro para Munich.

Ao fim, apesar de a Suíça ser um país bastante caro, consegui passar estes 5 dias gastando menos de 100 €, o que é uma realização digna de nota.

Os Alpes Italianos

24 de janeiro de 2012



Cheguei por volta das 9h da manhã em Pisogne, uma cidadezinha que ficava nas margens do Lago d’Iseo. A paisagem era de tirar o fôlego: altas montanhas, com encostas estreitas margeando o lago, lembravam a paisagem dos Fjordes Noruegueses.


Preparava-me para ligar para o Michele (em Italiano se lê Miquele), mas ele chegou menos de dois minutos depois.

Conheci o Michele e sua esposa Sílvia, quando pegava caronas entre Montenegro e a Albânia (detalhes da história podem ser lidos no post Albania Mio Paese), continuamos nos comunicando até o momento que eu cheguei à Itália e fui convidado a passar alguns dias com eles.

Encontrei a Silvia quando chegamos ao apartamento onde eu ficaria confortável no escritório do Michele. Naquele primeiro dia, o Michele me levou para dar uma volta de moto em volta do lago, foi uma viagem absolutamente fantástica que quase me convenceu a comprar uma moto para seguir viagem.




O Michele é chefe de cozinha, por isso eu esperava os melhores pratos, acontece que ele estava muito curioso para experimentar comida Brasileira. Ele próprio era um grande admirador da cultura e culinária brasileira e com a oportunidade de contar com um brasileiro em sua casa seria a oportunidade ideal de aprender alguns truques. Assim, acabei sendo incentivado a cozinhar, e já faria isso na primeira noite para um grupo de amigos.

Fiz um prato de carne sangrando na chapa com farofa. Além da farofa havia a opção de se usar Shoyu com Wasabi, ao estilo japonês, tudo isso regado a caipirinhas tradicional e de saquê, a festa foi um sucesso.
No dia seguinte fomos à casa da montanha dos pais do Michele. Foi a primeira vez que via os Alpes tão de perto e foi uma estreia perfeita. A casa em si era linda, feita de pedra com um estilo único. O pai do Michele tinha as histórias de viagem que eu quero ter um dia para contar. Um delas foi sobre como enganou o oficial de fronteira chinês para entrar no Tibet do Nepal sem ter a devida permissão, e ele fez essa aventura a pé. Foda né?







No outro dia resolvi ir a Milano. Peguei o ônibus e cheguei a uma cidade meio sem graça. Nesta hora senti forte uma sensação que, apesar de estar em uma belíssima cidade, não conseguia ver nada de muito especial. É uma merda, mas acho que após tanto tempo viajando e vendo cidade após cidade, já não me surpreendo mais com a maioria das coisas, ainda mais viajando sozinho. A única coisa que mereceu alguma admiração foi a igreja, enorme, bela e única. Fui também a um museu de instrumentação astronômica, mas foi também bastante sem graça.



Foi na volta que começou a aventura. Voltei para a estação de onde cheguei para descobrir que o ônibus saia de outro lugar. Corri para lá e o ônibus que ia direto para Lovere acabara de sair. Fui então à Bergamo, para descobrir que também não havia mais ônibus. Excelente...

Liguei ao Michele comunicando o ocorrido e o plano seria pegar um hostel por ali, mas antes de me entregar, tentaria a sorte com caronas, mesmo sabendo que caronas à noite eram bastante difíceis. Cheguei em um lugar no qual poderia ter alguma informação quando recebi uma mensagem do Michele para que eu ligasse à ele. Ele havia conseguido uma carona com uma amiga que trabalhava em Bergamo. Foi muito interessante, pois fomos o caminho inteiro conversando unicamente em Italiano, e não, eu não falo italiano, apenas a mistura meia-boca que vemos nas novelas da globo, mas surpreendam-se todos, funciona.

No dia seguinte, recebemos um maravilhoso convite de uma amiga do Michele que era uma das maiores especialistas italianas em culinária japonesa para um jantar especial. Ela viveu no Japão por conta de trabalho por mais de 7 anos onde se apaixonou pela cultura e culinária local. O Jantar foi magnífico e ajudou a matar a saudade de algo que eu comia quase diariamente no Brasil.




No dia seguinte, me despedi deste lindo casal, Silvia e Michele, que tanto bem fizeram à minha viagem, mas antes disso, um último presente deles: diversas roupas que me protegeriam do inverno europeu. Para fazer tudo isso caber na minha mala, precisei me desfazer de algumas coisas, os escolhidos foram algumas camisetas e bermudas que eu já usava pouco no verão e que não tinha planos de tirá-las da mala tão cedo.

Após o delicado trabalho de fazer as malas, o Michele me deixou em um ponto de onde eu poderia pegar caronas até a Suíça. Mas isso fica para o próximo post.